segunda-feira, 6 de julho de 2009

Escolha sua empresa (Analisar é preciso)

Se o conhecido poeta Fernando Pessoa fosse investidor no mercado de ações, com certeza ele diria: Analisar é preciso! Afinal de contas, decidir onde investir seu suado dinheiro não é fácil. É muito importante que você conheça a empresa – ou as empresas – em que você vai negociar seus respectivos papeis. O investidor deve saber onde encontrar notícias e informações detalhadas sobre a mesma. George Soros, um mega-investidor de ações – procure nos sites de busca este nome. Você precisa conhecê-lo. – já afirmou antes que só costuma investir nas organizações em que ele gostaria de trabalhar. É um fato relevante a ser abordado. Antes de decidir em que empresa investir, pergunte-se: Será que eu entregaria meu Curriculum para esta instituição? Trabalharia nela? Sentiria-me orgulhoso ao contar para meus amigos onde trabalho? Se a resposta for afirmativa, já é um bom sinal.
Aconselho que façam este pequeno exercício simplesmente por um motivo nobre. Como já citamos no post “O QUE SÃO AÇÕES?”, adquirir ações de uma empresa é fazer parte dela. Porém, sendo sócio. Logo, se você é dono de uma parte de qualquer negócio, você deve ter prazer em saber o que está ocorrendo com seus negócios. Você deve, no mínimo, ler o relatório seu anual da administração para conhecer em detalhes sobre o que ela faz, quais são os devidos planos de seus gestores para o futuro, qual a sua situação no mercado em que atua entre outras informações relevantes para uma tomada de decisão. Conclui-se então que, se você tem afinidade com o empreendimento, esta tarefa se tornará prazerosa. No livro Investimentos Inteligentes (2008), de Gustavo Cerbasi, o autor vai um pouco mais longe. Ele sugere que o investidor, como dono de uma empresa, compareça às assembléias gerais dos acionistas para conhecer um pouco mais sobre os planos da mesma e participar das críticas com outros acionistas às escolhas de seus gestores. Cerbasi define essa atitude como algo extremamente interessante e construtivo, de modo que o investidor só começa, na maioria das vezes, a se sentir parte da companhia após participar de uma dessas assembléias. Se você confia seus recursos a uma organização, você deve estar ciente de tudo o que acontece em volta dela. E mais, sentindo-se realmente dono da companhia, acredito que o acionista se sentirá empolgado em ajudar a mesma na conquista de lucros futuros. Em minha opinião, é mais prazeroso se envolver desta maneira. Como, por exemplo, alguém que investe na Petrobrás e se considera também responsável por seus resultados. Você acha que este investidor, teoricamente, deveria abastecer seu carro em que rede de postos de gasolina? Para quem utiliza estratégias a longo prazo, convém atuar assim.

Você me pergunta: Márisson, então devo simplesmente investir em empresas nas quais eu gostaria de trabalhar? É só isso que devo fazer para saber onde investir?

Não, caro leitor. Não é tão simples assim. Existem algumas corporações das quais me identifico e não invisto nas mesmas por motivos particulares. Já outras nas quais eu gostaria de trabalhar, nem sequer abriram seus capitais para negociações em Bolsa de Valores. Usando um pouco do bom humor, quem nunca sonhou, por exemplo, em ser o sucessor do fotógrafo J. R. Duran, da Playboy? Já que a Playboy Enterprises Inc. não negocia seus papéis na Bovespa, então eu não invisto? Calma... Primeiramente, esta foi apenas uma sugestão que eu fiz questão de passar para todos antes de entrarmos nas análises técnicas e fundamentalistas – gráficos e cálculos baseando-se nas demonstrações contábeis, respectivamente. Todos que acompanham este blog aprenderão quais os cálculos necessários para termos a certeza de que o empreendimento está saudável financeira-economicamente e se haverá previsão de lucros futuros. Porém, você já imaginou quantas empresas existem na Bovespa? Imagine como será para um investidor novato efetuar os cálculos referentes a todas as organizações para saber qual parece ser a mais rentável. Isso demoraria tanto que, quando ele chegasse a uma conclusão convincente, teria de começar tudo de novo, pois novas demonstrações contábeis já teriam sido divulgadas. O cenário se modificaria. Por isso, é bom ter uma idéia de qual instituição, dentre as negociadas na bolsa, você se identifica mais, para então iniciar seus cálculos por ela. É, simplesmente, uma técnica usada pelo mega-investidor, George Soros, como já foi citado. Quem gostar, utiliza. Quem não gostar, cria uma nova técnica para selecionar negócios e... me escreve contando. Terei prazer em publicar.

Nota: Estamos nos aproximando dos famosos gráficos. Aguardem...

Obrigado a todos.
Bons Investimentos!

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